Notícia
Compreendendo a necessidade de mudar esse cenário, nasce a proposta do mês de conscientização sobre a prevenção do suicídio e valorização da vida, o Setembro Amarelo.


A cada 45 minutos, um brasileiro tira a própria vida. No mundo, acontece um suicídio a cada 40 segundos: um milhão de vidas que poderiam ser salvas com a abordagem e acolhimento adequados ainda nos primeiros sinais de alerta. A estimativa da Organização Mundial de Saúde (OMS) é de que pelo menos nove em cada dez mortes por suicídio podem ser evitadas com educação e campanhas de prevenção.

Compreendendo a necessidade de mudar esse cenário, nasce a proposta do mês de conscientização sobre a prevenção do suicídio e valorização da vida, o Setembro Amarelo. Precisamos falar sobre suicídio. Precisamos quebrar o tabu, oferecer espaços de diálogo e acolhimento, compartilhar conhecimento e encontrar novos caminhos para reduzir os números alarmantes de casos. É papel de cada um de nós se engajar pela vida e fazer a sua parte por esta causa, com sensibilidade e compromisso.

O suicídio é um ato complexo em que a vítima, de forma consciente e intencional, busca a própria morte. Ele é resultado da combinação de vários determinantes psicológicos, sociais, culturais e biológicos, que se acumulam ao longo da vida. Além da tentativa concreta de pôr fim à sua vida, existem outros fenômenos, denominados comportamentos suicidas, que requerem nossa cuidadosa atenção: pensamentos, ideias sobre a morte ou planos para cometer suicídio.

É fundamental identificar formas de buscar e oferecer apoio o mais precocemente possível. Sempre que houver sentimentos intensos de desesperança, que podem trazer a falsa noção de que não existe saída ou solução para o sofrimento, a ajuda profissional é a forma mais eficaz para encontrar caminhos e reorganizar as emoções.

O Colégio Renascer tem o compromisso de oferecer o que há de melhor para seus colaboradores e alunos. Para que todos possamos aprender a gerir nossas próprias emoções o Colégio Renascer, em parceria com a Escola da Inteligência, busca trabalhar de forma contínua o gerenciamento das emoções, o desenvolvimento de habilidades para construir relações saudáveis e aprender a administrar os conflitos.

Dessa forma desde a Ed. Infantil até o Ensino Médio temos o compromisso de promover uma educação que oportunize aos nossos educandos o autocontrole e a gestão das suas emoções. Dialogar e aprender a conversar sobre o quê ou quais fatores os afligem é uma das lições ensinadas pela Escola da Inteligência que colocamos em prática com nossos alunos. Fazer com que eles entendam a importância de falar aquilo que estão sentindo é o primeiro passo para que consigamos ajudá-los em todos os aspectos. Alunos equilibrados emocionalmente apresentam melhor desempenho pedagógico.

Além disso, a partir do momento que conseguimos ouvir os problemas que os alunos estão enfrentando podemos ajudá-los na tomada das decisões e incentivamos que esse comportamento seja repetido em casa. Afinal diálogo é sempre a melhor opção e com certeza acaba evitando que crianças e adolescentes busquem fora de casa ou fora do seu convívio social ajuda para administrar seus conflitos.

A grande maioria dos casos de suicídio não acontece sem avisos. Quem tenta tirar a própria vida, em geral, dá sinais dias ou semanas antes da tentativa. Esses alertas podem ser explícitos, com a expressão literal do desejo de se matar, ou podem vir nas entrelinhas. Frases como “eu queria sumir”; “vou deixar vocês em paz”; “seria melhor se eu desaparecesse”; ou outros comunicados do desejo de não pretender ou desejar estar vivo. Se você conhece alguém que esteja exprimindo essas angústias, não evite o assunto. Ao contrário do que se pensa, falar sobre suicídio não incentiva o ato. Na verdade, abrir essa possibilidade de diálogo pode ser uma forma de aliviar a tensão dos sentimentos que inquietam a pessoa. Mantenha sempre a calma, escutando o que a pessoa tem a dizer e reforçando positivamente que é possível encontrar saídas para os problemas. Se você não se sentir preparado ou confortável para essa conversa, seja honesto e disponha-se a encontrar ajuda especializada. O mais importante é não ignorar o problema ou desamparar quem pede ajuda.

Ao perceber os fatores de risco, tente estabelecer uma relação de confiança, buscando ouvir a pessoa sem expressar julgamentos ou opiniões. Demonstre interesse em ajudar e permita que ela relate seus sentimentos. Em casos mais graves, é importante não deixar a pessoa sozinha, contatar seus familiares e amigos e encorajá-la a buscar ajuda profissional.

Com atendimento gratuito, o CVV oferece apoio emocional e ajuda para prevenir o suicídio. Qualquer pessoa que desejar falar sobre seus sentimentos pode entrar em contato com um dos voluntários, 24 horas, todos os dias da semana, por telefone, e-mail, chat online e Voip, sem nenhum custo. Todas as conversas são sigilosas. As ligações, que acontecem em parceria com o SUS, podem ser feitas a partir de qualquer telefone fixo ou móvel, pelo telefone 188. Quem preferir receber ajuda online, deve acessar www.cvv.org.br.

Abordar a questão do suicídio na escola é uma tarefa delicada, porém, de grande relevância. Campanhas como o Setembro Amarelo são boas oportunidades de iniciar ou intensificar os esforços da instituição em promover a conscientização de toda a comunidade escolar a respeito da seriedade do assunto e, claro, colaborar para prevenir o ato.

Valorize a vida! Incentive o diálogo, seja um bom ouvinte e se atente aos sintomas. Você pode salvar uma vida!


Por Alessandra Campana, professora do Ensino Fundamental I do Colégio Renascer

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