Por que trabalhar setembro amarelo na escola?

 No início da campanha sobre a valorização da vida em 2015, havia-se a ideia de que falar sobre suicídio nas escolas, era uma ação incentivadora. Por esse motivo, o assunto era interditado, o que dificultava aos jovens pedidos de ajuda e aumentava-se cada vez mais os casos de suicídio entre crianças e adolescentes.  
Atualmente, os profissionais da área da saúde têm se dedicado cada vez mais para desmistificar essa ideia, e a cada ano aumentar as ações dentro das escolas, com intuito de conscientizar crianças e adolescentes, sobre a valorização da vida e prevenção do suicídio.

Segundo pesquisa realizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2016, a cada 4 segundos uma pessoa comete suicídio no mundo.  E aqui no Brasil, houve um aumento muito grande de suicídio entre crianças e adolescentes com a faixa etária entre 10 a 19 anos. Um período em que muitas mudanças físicas e emocionais estão ocorrendo e, que pode causar sérios conflitos.

Desse modo, porque não conversamos com as nossas crianças e adolescentes dentro da escola? Já que a nossa realidade nos coloca a frente da necessidade de conscientização e estratégias eficazes.
É claro, que sabemos que grande parte das ações tem de alguma forma, relação com problemas psicológicos, maiormente com a depressão. E, o abuso de álcool e drogas, também representam uma parcela considerável de influência na ideação suicida.

Mas as causas não se limitam apenas a esses fatores. Temos também fatores internos, como conflitos relacionados a orientação sexual e falta de expectativa no futuro. Além dos fatores externos de influências de desenhos, filmes, séries, redes sociais e bullying. 

O que nos coloca a ficarmos sempre atentos com as nossas crianças e adolescentes. E assim, estarmos conversando e dando importância ao seu falar, pois deste modo, colocarão para fora o que os incomodam. Além disso, podemos nesses encontros, identificarmos precocemente, possíveis “problemas” e assim, orientar a busca por um auxílio profissional. 
 
 
Viviani Ribeiro
CRP/SP111176